A Conferência AFRIQOM 2025, realizada de 24 a 26 de novembro de 2025 em Marrakesh, Marrocos, é um dos eventos mais importantes para o setor de fertilizantes da região. O evento serve como uma plataforma chave para que os principais stakeholders se conectem, troquem informações sobre o mercado e contribuam para o desenvolvimento da indústria. Pelo segundo ano consecutivo, a FertiStream participa como parceira, aproveitando a oportunidade para interagir tanto com clientes existentes quanto com potenciais parceiros.
A responsável pelo Desenvolvimento de Negócios da FertiStream para a região MEA, Imane Belrhiti, destacou algumas tendências no mercado africano de fertilizantes:
• Influência Global: O ano de 2025 foi marcado por políticas que impactaram o mercado, como tarifas nos EUA e políticas de exportação da China. O ambiente geopolítico geral no Oriente Médio esteve extremamente instável e pressionou os preços, especialmente do nitrogênio. Enquanto outras regiões mostram maior resiliência diante do aumento de preços (ex.: apoio a subsídios na Índia e maior disposição para pagar na Europa e no Brasil), a demanda africana teve dificuldade em acompanhar a tendência de alta dos preços e foi afetada por mudanças na oferta e nos preços.
• Perspectiva de Curto Prazo: Imane compartilhou uma previsão de preços para 30–90 dias, observando que a ureia deverá permanecer estável. Os preços dos fosfatos, especialmente no Brasil, podem se suavizar devido à fraca demanda por MAP e DAP, enquanto os altos custos do enxofre podem limitar as quedas. O MOP granular deve permanecer estável após a assinatura de um novo contrato com a China.
• Tendências de Preços na África: A demanda por fertilizantes na África em 2025 mostra tanto diversidade quanto dinâmicas regionais em comparação com 2024, e a demanda geral foi impactada.
A demanda por ureia na África Ocidental caiu em 2025 em comparação com 2024 devido à volatilidade dos preços. Os produtos de nitrogênio foram os mais impactados pelos preços dentro do mix dos três nutrientes.
A África do Sul também registrou uma queda nas importações de nitrogênio. Por outro lado, as importações de potássio e sulfato de amônio permaneceram estáveis, refletindo uma demanda consistente.
A Etiópia, como exemplo de país da África Oriental, manteve fortes importações de fertilizantes. Essa estabilidade foi apoiada por políticas governamentais, programas centralizados de aquisição e esforços para garantir que os agricultores tenham fertilizantes suficientes para suas culturas.
